Orientação a população e reunião de Conselho marcaram Dia Mundial da Alimentação em Botucatu

No dia 17 de outubro, Botucatu comemorou o Dia Mundial da Alimentação com uma feira e discussão sobre as políticas publicas municipais sobre o tema. O evento foi organizado pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Botucatu (Consea), com o objetivo de discutir o tema e melhorar as condições da alimentação. “Botucatu está bastante avançado nas políticas públicas sobre o tema. Nós começamos a estruturar as políticas públicas em 2009 e desde então já avançamos bastante. Temos nosso banco de alimentos e um conselho bem estruturado, com representante do poder público e sociedade civil”, explicou Marilda.

Durante a manhã, uma feira com orientações sobre alimentação e compostagem foi realizada junto com a feira livre que acontece tradicionalmente no local. Os estandes foram organizados pelos alunos de nutrição do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu.

Durante a tarde, o Consea realizou uma discussão sobre as políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional, que deverão ser colocadas em prática nos próximos anos.

 

SOBRE AS OFICINAS

Slow food versus fast food

Neste espaço, os alunos de Nutrição do Instituto de Biociências orientaram a população sobre as diferenças dos conceitos slow food e fast food. “O fast food diz respeito às comidas rápidas, como lanches, miojos, refrigerantes. Estamos mostrando para as pessoas a quantidade de açúcar, sal e óleo nos alimentos industrializados e os malefícios disso para nosso organismo”, explicou Alessandra Spinello, uma das alunas participantes do projeto.

Já o conceito de slow food está relacionado aos alimentos mais naturais, preparados pela própria pessoa. “Nos tempos modernos, as pessoas têm dificuldade de tempo para poder preparar suas próprias refeições, mas queremos incentivar isso. Elas precisam criar uma relação com a alimentação, poder sentar e apreciar o que se come”, destacou outra aluna do projeto, Katrin Koch.

 

Arroz e feijão: a melhor combinação brasileira

Os alunos do IB desenvolveram um projeto que aborda a importância que a combinação arroz e feijão têm nas refeições dos brasileiros.

“Nós trouxéssemos vários tipos de feijão e arroz para mostrar as pessoas e explicar a importância dessa combinação. Porque os nutrientes que faltam no arroz, estão no feijão e vice e versa e infelizmente o consumo desses alimentos está caindo entre os brasileiros, que estão preferindo os fast foods”, explicou Isabella Calahani.

Segundo as alunas, a medida indicada para o consumo é uma porção de feijão para duas de arroz, ou seja, a cada colher de feijão é preciso duas de arroz.

 

Incentivo de consumo de produtos locais e CSA

Os alunos do curso de nutrição também orientaram a população sobre a Comunidade Sustentada pela Agricultura (CSA), em que as pessoas se associam e pagam cotas mensais para ter direito a alimentos orgânicos. “Essa é uma maneira de incentivar a produção rural de alimentos orgânicos em Botucatu. É um conceito que está crescendo e ganhando cada vez mais adeptos na cidade”, explicou Ariel Molina.

Neste mesmo espaço os alunos ainda divulgaram informações sobre as hortas comunitárias existentes em Botucatu a importante de optar pelo consumo de alimentos produzidos lá. “Como essas hortas estão na cidade, elas não podem ter agrotóxico, o que garante alimentos saudáveis a população”, afirmou Juliana Pires.

 

Degustação do Alimente-se Bem, do Sesi

O Sesi também esteve presente na feira e ofereceu aos participantes degustação do suco da horta (feito com frutas e verduras) e bolo de laranja. As receitas fazem parte dos cursos ministrados pelo Sesi no programa Alimente-se Bem. Gisele dos Santos foi quem orientou as pessoas e ainda deu informações sobre os próximos cursos da entidade.

 

Compostagem em casa, a partir do lixo orgânico

Orientações de como fazer compostagem também foram dadas em um dos estandes da feira. Alunas do curso de nutrição explicaram quais os produtos que podem ser utilizados para fazer o adubo orgânico e em que ele pode ser usado. “As pessoas podem fazer a compostagem de maneira muito fácil e ainda usar em vasos de plantas e pequenas hortas caseiras”, explicou Karen Lourensetti.

 

O desperdício de alimento no mundo

Em um estande sobre o desperdício de alimentos, alunas de nutrição mostraram resultados de pesquisas mundiais em que 1 a cada 3 pratos de comida vai para o lixo através do desperdício.

“Se formos pegar o desperdício com relação aos alimentos produzidos, o que vai para o lixo todos os anos daria para alimentar duas vezes o continente africano e sanar a falta de alimentos para as 870 milhões de pessoas que passam fome no mundo”, explicou a aluna Raema Fortes Vicente Cardoso.

Para expor o assunto, os alunos levaram alimentos e cartazes com dados mundiais.

 

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