Em 43ª Conferência do Comitê Mundial de SAN, programas brasileiros são apresentados como exemplos

De 19 a 21 de outubro, Roma, capital da Itália, sediou o a 43ª Conferência do Comitê Mundial de Segurança Alimentar, órgão das Nações Unidas que coordena debates em torno da fome e nutrição mundiais. Evento que reuniu representantes da ONU e de diversos outros países, como o Brasil, e entidades.

A profa. Maria Rita Marques de Oliveira, do departamento de Educação do Instituto de Biociências da Unesp, assessora da Pró-Reitoria de Extensão e coordenadora técnica da Rede SSAN-Unasul, esteve presente como membro da delegação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde colabora com o mecanismo de facilitação da participação das universidades.

“Na pauta estavam a discussão de alternativas para sistemas alimentares sustentáveis e as mudanças climáticas, além da vinculação de pequenos agricultores aos mercados, as diretrizes voluntárias para a governança sustentável da terra, a urbanização e as transformações rurais com implicações para a segurança alimentar e a promoção da nutrição. Todos são temas que convergem para os objetivos do desenvolvimento sustentável para 2030 [Agenda da ONU]”, comentou Maria Rita.

Na abertura da plenária do Comitê, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, lembrou que mais da metade da população mundial é afetada por uma ou mais formas de desnutrição. “Nossos sistemas alimentares claramente falham em prover dietas saudáveis às pessoas”, destacou.

Em sequência na 43ª Conferência, o Brasil e representantes da ONU tiveram destaque ao apresentar iniciativas que implementaram o programa Fome Zero em diversos países africanos com resultados positivos, configurando uma cooperação Sul-Sul de sucesso, e a expectativa com o PMA (Plano Mundial de Alimentos), baseado em outra iniciativa brasileira que promove a aquisição de alimentos de pequenos produtores por escolas.

“O Brasil possui parceria com o Centro de Excelência contra a Fome, com o qual estamos trabalhando com 26 países na África e dois na Ásia para apoiar os governos nacionais e criar, desenvolver e aperfeiçoar seus programas nacionais de alimentação escolar, com o fortalecimento da ligação com a compra local dos pequenos agricultores”, argumentou José Fernando Costa Neto, diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“Percebam que a história da alimentação escolar no Brasil é muito semelhante à história da alimentação escolar em muitos países da África, Ásia e América Latina e Caribe”, afirmou Costa Neto.

Sérgio Viana – Rede SSAN-Unasul