Brasil terá até 3,6 milhões de ‘Novos Pobres’ em 2017

Pobreza REDE SANS

Novos desafios esperam o combate à insegurança alimentar em 2017. Estudo do Banco Mundial aponta que o Brasil terá um aumento no número de pobres até o final de 2017. O estudo ainda não foi divulgado, mas seus resultados foram acessados pelo jornal o O Globo, que divulgou as informações essa semana.

Segundo as  informações divulgadas, o acréscimo no número de pobres do país deverá oscilar entre 2,5 milhões e 3,6 milhões. A ideia de novos pobres vem do fato de estes estavam acima da linha da pobreza até 2015. A maioria desse contingente é formada por jovens adultos, urbanos, com escolaridade média e que estão fora do mercado formal de trabalho.

Ainda segundo as Banco Mundial do jornal carioca, para que a pobreza extrema no país se mantenha nos níveis de 2015, será necessário um incremento de até R$ 30, 4 bilhões no programa social. Acima dos 29,8 bilhões orçados para 2017. Até 1,1 milhão de família devem constar no programa este ano.

Para a instituição, se o programa não se adequar à nova realidade, a miséria no país pode aumentar de 3,4% da população em 2015 para 4,6%, no pior cenário projetado. Com o Bolsa Família, essa taxa pode atingir 3,6%, mostrando que o programa pode manter uma relevante contribuição do projeto no combate à pobreza. Os dados de 2015 utilizados pela instituição apontam que 17,3 milhões de brasileiros ainda viviam abaixo da linha da pobreza, um aumento de pouco mais de 1% em relação ao ano anterior, o primeiro aumento na pobreza registrado após uma década de quedas.

O Banco Mundial também apontou, segundo a reportagem do Globo, que  soma de pobres deve atingir até 20,9 milhões de pobres, em 2017, com possíveis 9,4 milhões em estado de miséria.

O perfil dos novos pobres

O órgão internacional também traçou um perfil dessa população atingida pelo pobreza. Nove em cada dez dos novos pobres viverão em áreas urbanas.  A maioria deles  estará no Sudeste, 39,7%, e Nordeste , 35,2%. Os dados apontam que em 2015, 58,8% dessa população trabalhava na área de serviços. A maioria também terá escolaridade média.

A pesquisa também aponta que os chamados “novos pobres” não são como os que já eram pobres em 2015, os “estruturalmente pobres”, segundo o Banco Mundial. Esse grupo seria menos escolarizado, mais velho e mais rural. Esse conjunto de dados apontaria mais facilidade para que os novos pobres pudessem ser alcançados pelos programas sociais.

Por: Solon Neto